[fora de contexto: um post miserável]

A experiência nos alerta para não colocarmos certas coisas no blog.
No entanto, gostaria de esclarecer certas coisas em relação ao nosso queridíssimo Lipídio.

Sim, as coisas mudaram. Cada um está mais voltado para si do que para o grupo como nunca aconteceu antes.
Rodrigo se sente fora por causa do que acredita.
Matheus se afasta por causa do que tem passado.
Bruno vai-se por causa de certos rolos.
Sinto-me fora; simplesmente.
Tatiana farta-se e parte.
André pensa ter a obrigação de sumir também.
E tantos outros.
Tenho sentido isso muito nos últimos tempos. Não sei o que está acontecendo nem muito menos o que irá acontecer. Meu antigo desespero por comments nesse blog nada mais era que o sintoma disso. Sabia que tudo mudava.
"parei com aqueles que acham que a amizade é só farra e diversão". Não é bem assim, Rodrigo, e você sabe disso. Quando Matheus operara nós mantínhamos sempre contato para saber o que estava acontecendo; no entanto, ao visitá-lo, você não pôde ir.
"não to com clima e não to bebendo, minha namorada viajou e to na fossa". Não te convidei para beber. Convidei-te para sair por aí.
"nestes momentos sinto falta do alcool". A crise parece não estar exatamente nos amigos, cara. Acho que pode estar em você mesmo: ficar se contendo durante tanto tempo acabou por sufocá-lo.
"o simples fato de eu não falar coisas idiotas e ficar na minha (jeito como encaro a tristesa) incomoda aqueles que tão perto". O problema é que você durante muito tempo cultivou essa imagem que os outros têem de você. Sei como se sentes; nunca te vi como te pintam. Já te vi passando por suas crises durante o terceiro ano e na maioria das vezes estive do seu lado: sei que você não é exatamente assim. Basta-te mostrar esse teu lado e parar de ser fechado.
Trocando em miúdos, cada um se afastou um pouquinho e, no andar das coisas, essa pequena divisão foi aumentando cada vez mais até se tornar um instransponível abismo.
Não gostaria de forma alguma que isso acontecesse; mas acho que já é tarde demais. Uma pena. Esse ano novo foi o exemplo claro disso: todos se esqueceram mutuamente. Alguns se vão de uma forma um tanto mais dolorosa do que outros, mas para todos sinto certa dose de tristeza. Não quero, entretanto, teatralizar as coisas. De forma alguma.
Há tempos venho pensando nisso tudo e agora surgira uma oportunidade para um certo desabafo. O blog tem perdido o brilho; se mostrou um termômetro de como as coisas iam. Talvez ele feche as portas novamente, quem sabe. Creio que já não tenha mais função alguma, que já não sirva ao propósito sobre o qual fora criado.
Mas repito: não quero teatralizar as coisas. Esse post miserável fora de contexto não tem como objetivo sentirmos pena de nós mesmos; ridícula personalidade. Vem apenas para relatar. E nada mais. Já que as coisas estão mudando, que mudem de uma só vez ao invés de ficarem ameaçando a tal revira-volta. Esse post é um murro para que as coisas aconteçam mais rapidamente; um catalisador e nada mais. Se for para mudar, que mude. Se for para normalizar novamente, que normalize.

Dramático como nunca,

Os senhores tirem suas próprias conclusões.