Saturday, February 12, 2005

A espiga vai assar!

-Do jeito que você fala até parece que a TV é uma caixinha de mentiras...
-E quem quer chegar em casa e ouvir verdades?


É, eu viajei - digo, literalmente. Bater o ponto no Rio de Janeiro e abraçar alguns familiares.
Mas sobrevivi!
Cheguei há pouco, me estiquei na cama e, mais uma vez, passa aquele velho carro do vendedor de pamonhas. "Olha o tamanho dessa pamonha, amiga: é pamonha GIGANTE... GI-GAN-TE", o auto-falante ecoava a todo volume pela rua. Até conseguiria dormir se não fosse a música entrando em seguida; "e é aí que o milho vira pamonha, o velho perde a vergonha, a espiga vai assar". E, ouvindo pela terceira vez "a espiga vai assar", lembrei de vocês, nossa intrépida audiência que nos prestigia com seu tempo ocioso.
É, o "Mundo Cão" está de volta.
Se bem que nem tanto. Não consegui pregar os olhos por sequer um maldito instante durante a noite. Ônibus executivo cheio, voltei para Brasília mais apertado que São Jorge em Lua minguante. Fora alguns roncos, a porta de um fétido banheiro que insistia em não fechar, uma criança endiabrada chutando minha cadeira e gritando a noite toda enquanto sua $#%¨@#$ avó a adulava.
Bem, é como dizem... quem tem cu tem medo!

Ora, ora. Creio que ficaremos por aqui. Morto de sono, contento-me com esse post meia-boca. Afinal, ninguém consegue parecer perfeito todo o tempo.

A propósito, Méfius, meu querido, estás em Brasília? Lipídio, já viajastes? Hm... assim que eu acordar procuro localizá-los a todos.

Os senhores tirem suas próprias conclusões.